sexta-feira, 25 de abril de 2008

Tecnologia que ajuda!


É, hoje as coisa estão muito modernas!
podemos ver pela internet o crescimento
Urbano de nossa cidade!
Veja na imagem de satélite!
Incrível!!!
quer ver mais, veja em:
http://maps.google.com.br/maps

terça-feira, 22 de abril de 2008

É festa com força!!!

Durante três dias, a cidade respira forró, com atrações
musicais de renome Nacional.
A festa só para quando o dia amanhece!

Este ano (2008) você não vai perder? vai?





segunda-feira, 21 de abril de 2008

Um povo devoto e religioso!

O Santo Padroeiro da Cidade é São João Batista.

Todos os anos, os fiéis assistem a tradicional
missa de São João, centena
s de pessoas se
aglomeram dentro e fora da Igreja.


Após a missa percorre as ruas da cidade, em procissão,
o santo é carregado por todos, alguns fiéis pagam promessas e
agradecem os pedidos feito ao padroeiro São João Batista.


domingo, 20 de abril de 2008

Notícias da Cidade!

Onde o vento faz a curva (11.05.2007 às 17:50:21)

Você provavelmente nunca ouviu falar na pequena e distante São João do Tigre, cidadezinha encravada em meio a imponentes serras, bem na divisa da Paraíba com Pernambuco. Localizada a 367 quilômetros da capital, João Pessoa, a cidade revela alguns dos mais interessantes e inexplorados roteiros de turismo ecológico do Estado. Ali, onde o clima parece confundir o visitante quanto à verdadeira localização geográfica do lugar (estamos em pleno Cariri) o dia amanhece lentamente, encoberto por uma névoa. Nas calçadas, mulheres produzem, sem pressa, a tradicional renda renascença. Na “avenida” principal, as famosas toyotas alongadas esperam os primeiros passageiros. No horizonte, como uma espécie de guardiã, a imponente cordilheira avisa que o dia será longo.

São João do Tigre é a porta de entrada para a APA das Onças, a maior e menos conhecida área de preservação ambiental da Paraíba. O tigre que a cidade carrega no nome, a propósito, é na verdade uma referência às onças que há poucos anos ainda podiam ser vistas na região. O território, recheado de belas paisagens, importantes sítios arqueológicos e uma forte tradição artesanal, está a mais de mil metros de altitude em relação ao nível do mar e revela um Cariri bem diferente do estereótipo de xiquexiques e mandacarus rodeados de blocos de rocha. Com cachoeiras, sítios arqueológicos e uma floresta nativa que só agora começa a ser desbravada pelos aventureiros, a Serra das Onças é uma opção, no mínimo, diferente. Conhecer os seus segredos, no entanto, não é tarefa das mais fáceis.

A aventura começa de madrugada, quando uma fina camada de nuvem ainda domina a paisagem da pacata São João do Tigre. Para subir a serra, só mesmo num carro 4x4, mesmo que não seja no período das chuvas. A cadeia de serras é, na verdade, um gigante de 36 mil hectares que resguarda importantes espécies da fauna e da flora do Cariri e que ainda sobrevive apesar da sistemática devastação levada a cabo nos últimos séculos. Outro tesouro que merece atenção são os muitos sítios arqueológicos espalhados pelos abrigos naturais da serra. “Os vestígios encontrados aqui nas Onças estão em excelente estado de conservação e praticamente não foram estudados profundamente por ninguém”, diz o historiador Gilmar Ventura, cuja tese de pós-graduação aborda as curiosas pinturas rupestres da região de São João do Tigre.

Para a pesquisadora Gabriela Martin, autora do livro Pré-história no Nordeste do Brasil e uma das mais renomadas estudiosas do patrimônio rupestre do país, as pinturas encontradas na região pertencem a sub-tradição Cariris Velhos, caracterizada por grafismos isolados e sem formar cenas complexas. No Sítio Boqueirão, no entanto, um grupo composto por vários animais segue numa fila bem organizada, enquanto alguns indivíduos com os braços erguidos sugerem o trabalho que os boiadeiros realizam pata tanger o gado pela caatinga. Detalhe: na época em que os desenhos foram feitos esses animais ainda não haviam sido trazidos pelos colonizadores, o que dá margem para uma série de interpretações sobre o painel. Capivaras? Antas? Porcos do mato? Tudo é possível.

“Do ponto de vista turístico ambiental, nenhum município paraibano, mesmo aqueles que já despontam no cenário internacional, como Araruna e Cabaceiras, detêm tanto potencial como a APA das Onças”, garante o Ambientalista da Sudema (Superintendência de Administração do Meio Ambiente), Rogério Ferreira. Berço das nascentes dos rios Capibaribe e Paraíba, a serra é mesmo sinônimo de natureza. Quem sabe bem disso é o sorridente Severino Bezerra, mais conhecido por ali como “seu bodinho”. Morando a exatos 970 metros de altitude, o homem afirma que não troca esse recanto por lugar nenhum do mundo. Quer dizer, quase nenhum. “Daqui só saio pro cemitério”, brinca o agricultor. Hospitalidade e bom humor, a propósito, são características marcantes de uma gente simples que, apesar de conviver com o frio da serra, demonstra um calor humano que talvez precise urgentemente ser imitado por nós, habitantes do urbano e agitado nível do mar.

Arte que dá renda

Em São João do Tigre, o trabalho artesanal é muito mais que um passatempo. Através da Associação dos Artesãos da cidade, as mulheres vêm garantindo seus sustentos dando seguimento a uma tradição cultural secular. A qualidade da renda renascença produzida na região já chamou a atenção de outros mercados. Pela internet, marcas do Sudeste do país se interessaram pelas peças e hoje são clientes certos, levando a arte de São João do Tigre para as passarelas de eventos do porte do São Paulo Fashion Week. Hoje em dia a associação possui quase 200 rendeiras, conta com uma sede, possui maquinário e desenvolve importantes cursos de aperfeiçoamento para as rendeiras.

Historicamente, a renda pode ser muito antiga, caso consideremos como exemplo algumas espécies de tramas de fios produzidos ainda no período neolítico. Porém, na forma de sua configuração atual, a atividade é relativamente recente. Apenas entre os séculos XV e XVI é que a história começa a apontar indícios de seu surgimento, com Flandres e Itália reivindicando sua paternidade. Na Paraíba, a renda chega em meados dos anos 50 pelas mãos de algumas mulheres que residiam nos municípios de Camalaú, São João do Tigre, São Sebastião do Umbuzeiro e Zabelê.

Assim como os sítios arqueológicos que se multiplicam pelas serras de São João do Tigre, a tradição da renda renascença é um patrimônio cultural que precisa ser preservado. Outra tradição que merece destaque é o xaxado, formado por grupos de jovens e que relembra parte da época em que o bando de Lampião andava por essas terras. Para o professor Iolando Cordeiro, a história do cangaço rende muito mais que uma apresentação folclórica. “Estou trabalhando num livro e numa rota turística que terá painéis contando essa estória”, diz ele, acrescentando ainda que as aventuras do cangaceiro e seu bando serão contadas em versos de cordel.

BOX

O gigante verde

A APA tem uma extensão de 360 quilômetros quadrados e atualmente encontra-se em fase de sinalização visual e de inventário do universo de moradores. Com uma mistura de serras e planícies, a área tem cerca de 73% do seu território coberto por matas. O clima em nada lembra o calor das caatingas nordestinas. Acima dos mil metros, o lugar registra temperaturas que enganam o aventureiro. À noite, é comum ver em São João do Tigre as pessoas usando agasalhos para se protegerem do frio. Na altitude, é possível ainda apreciar, jabuticabas, uvas, figos da índia e coco catolé que abundam em toda a área espontaneamente. Em alguns lugares não existe energia elétrica e as casas são abastecidas com energia solar.

A cidade

São João do Tigre foi fundada em 1962 e está no sopé da serra, a 577 metros de altitude. Possui uma população de pouco menos de 5 mil habitantes e de tão pacata as vezes parece estar vazia, tamanho o silêncio que reina nas ruas. O acesso, a partir de João Pessoa, é pela BR 230, até o entroncamento que dá acesso á cidade de Monteiro. Depois é só seguir pela PB-412 e após o município de Sumé, a esquerda pela PB-196.